sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MODELAGENS EXTRAFÍSICAS

por Eudes Dantas

RESUMO

Esta é mais uma abordagem com o objetivo de se desenvolver um arquétipo de raciocínio que melhore o entendimento da multidimensionalidade que, ultimamente, vem se transformando numa expressão subterfúgio no meio conscienciológico e se consolidando na dialética empírica ideal para leigos e iniciados, camuflarem ignorância diante de fatos que ainda não temos capacidade de compreender, relacionados com o nosso plano físico, com o plano extrafísico adjacente e outros acima.
Todas as deduções e hipóteses deste estudo foram abstraídas colhendo-se características e propriedades dentro do formidável laboratório experimental que se abre com a projeciologia, observando-se detalhes que geralmente passam desapercebidos quando nos projetamos fora do corpo físico lucidamente e desta forma promovendo avanços em novos campos da parafísica nunca antes vislumbrados pelo meio científico, sempre restrito aos nossos obtusos sentidos físicos. Este estudo também vislumbra a possibilidade de iniciarmos uma unificação das bases filosóficas da Parafísica com as da Física Clássica.

INTRODUÇÃO

Na elucubração deste arquetipo iremos considerar somente conscins ressomadas em nosso simulacro tridimensional 3D, sustentado por suas três dimensões espaciais: comprimento, largura e altura; e consciexs que habitam o plano extrafísico adjacente 4D, sustentado por suas quatro dimensões espaciais: comprimento, largura, altura e mais uma dimensão espacial axiomática.
Com objetivo de isolarmos este arquétipo não iremos considerar consciexs que habitam planos extrafísicos acima de 4D, já que os corolários que iremos apresentar poderão ser extrapolados, analogicamente, para compreensão das interações entre todos os outros pares de planos extrafísicos que sejam adjacentes.
Lembramos, ainda, para não confundir o plano extrafísico 4D com o universo tetradimensional da física clássica que, com suas três dimensões espaciais e uma temporal relativamente distorcida, compõem um modelo batizado pelo meio científico de hiperespaço.
Hipoteticamente, para a concepção dos novos simulacros vamos recorrer ao truque de se retirar uma dimensão espacial de ambos os universos adjacentes 3D e 4D e, conseqüentemente, criarmos dois pseudouniversos. Um chamaremos de p2D que ficará com duas dimensões espaciais – comprimento e largura – e o outro de p3D que ficará com três dimensões espaciais – comprimento, largura e altura – e a seguir assumirmos as premissas de que p2D representa uma imitação virtual do nosso plano físico tridimensional no qual habitam conscins igualmente virtuais; e que p3D representa uma imitação virtual do plano extrafísico tetradimensional adjacente no qual habitam consciexs igualmente virtuais.
De posse dessas premissas vamos tentar imaginar um limitado cenário (figura abaixo) onde seus corpos, edificações e objetos estão simbolicamente estilizados, já que seria impossível imaginar que formas os mesmos assumiriam dentro de um universo bidimensional real.
Neste arquétipo iremos analisar o cotidiano de hipotéticas conscins habitando o pseudoplano p2D, sendo observada por nós que seremos as hipotéticas consciexs que habitam o pseudoplano p3D. Ressaltamos ainda que as conscins de p2D poderão assumir a posição de observadoras se estiverem em EQM, ou projetadas fora de seus corpos, todas em plenas condições de herdarem mais uma dimensão espacial impingida pelo pseudoplano p3D.


1. O primeiro corolário que podemos abstrair deste arquetipo é tentar entender certa peculiaridade que uma conscin vivencia estando projetada no plano extrafísico adjacente, lucidamente. Quando a conscin, fora de seu corpo, focaliza sua paravisão em seu próprio plano físico, geralmente, se surpreende com a impressão de estar vendo tudo de forma quase transparente, chegando achar que as edificações e objetos em seu plano físico são constituídos de material semelhante ao vidro e ficando, igualmente, surpresa quando verifica a movimentação orgânica no interior de seu próprio soma ou no de outras conscins que habitam este mesmo plano físico.
Neste arquétipo, vemos várias conscins dentro e fora das várias edificações incluindo alguns objetos, todos definidos por pontos e linhas que refletem a luz que se irradia em todas as direções neste pseudoplano bidimensional. Naturalmente, estes pontos e linhas representam verdadeiros obstáculos físicos impedindo que a luz os atravesse e que estas conscins enxerguem o que está por detrás dos mesmos, entretanto muito diferente de uma consciex, ou conscin projetada lucidamente, que do pseudoplano p3D enxerga com sua paravisão o interior dos objetos que estão fora, ou dentro, das edificações inclusive, e também o funcionamento orgânico no interior dos somas das conscins de p2D, deixando esta consciex, ou conscin projetada, com a nítida impressão de serem feitos de material transparente.
O que ocorre, realmente, é que os pontos e linhas de p2D não estão sendo atravessados por algum tipo de radiação parafotônica e, sim, sendo transpostos devido a mais uma dimensão espacial, neste caso a altura, que p3D impõe e suporta, conferindo a esta consciex, ou conscin projetada, a possibilidade de observar tudo passando simplesmente por cima de todas linhas e pontos de p2D e resultando, assim, na impressão de estar vendo tudo de forma aparentemente transparente.
Provavelmente, está percepção deva ser diretamente proporcional ao nível evolutivo da cada consciência, começando pela ausência total verificada em consciexs posdessomáticas parapsicóticas e gradativamente evoluindo por uma translucidez, até atingir uma paravisão com percepção plena de transparência. Outra possibilidade, pouco provável, seria o caso de uma consciex, que esteja enfrentando as mesmas restrições e necessidades de quando ressomada, dar um salto evolutivo e herdar esta mais uma dimensão espacial conferida pelo plano extrafísico adjacente e, de repente, sem nenhum mérito passar a enxergar com sua paravisão tudo de forma transparente, sem galgar os estágios preliminares. Outros aspectos relativos ao Corpo Mental e ao Estado Vibracional que inferem na paravisão de quaisquer conscins e consciexs serão abordados nos próximos corolários.

2. O segundo corolário é uma extensão das propriedades verificadas no anterior, já que consciexs, ou conscins projetadas, podem ter a capacidade de atravessar com seus psicosomas corpos sólidos em nosso plano físico.
Este arquétipo nos leva a concluir que tal fato ocorre pela mesma transposição dos pontos e linhas de p2D, proporcionada por mais uma dimensão espacial imposta por p3D, permitindo que consciexs, ou conscins projetadas, passem simplesmente por cima destes pontos e linhas, deixando-as com a impressão de que os mesmos estão sendo penetrados e atravessados pelos seus psicosomas.
Equivocadamente, pelo fato de serem constituídos por algum tipo de paramatéria, sempre achamos que os psicosomas de consciexs e conscins projetadas atravessam portas e paredes sólidas, interpenetrando os espaços interatômicos existentes na matéria de nosso plano físico.

3. O terceiro corolário que podemos extrair deste arquétipo está relacionado com as interações entre as diferentes perspectivas geométricas constatadas em p2D e p3D.
Neste arquétipo vemos uma conscin no meio de uma rua de p2D observando a mesma se aprofundar em ambas as direções numa proporção direta a sua extensão. Em p3D uma consciex não sofre das mesmas restrições de perspectiva verificadas em p2D, já que assumindo mais uma dimensão espacial inerente a p3D, fica com sua paravisão deslocada em função da altura da qual observa, conferindo a esta consciex uma espécie de holoperspectiva e de estar vendo, ao mesmo tempo, todas as edificações ao longo da rua de p2D.
Esta holoperspectiva aumenta em função da dimensão espacial, a mais, herdada no plano extrafísico adjacente, sendo proporcional ao nível evolutivo de cada consciex, ou conscin projetada. Este corolário também pode ser a explicação para o efeito ‘ballonnement’ experimentado quando uma conscin entra numa EQM, geralmente, deixando-a com a impressão de se sentir inchada e vendo tudo do alto como se estivesse encostada no teto.

4. O quarto corolário que podemos extrair deste arquétipo seria a concepção de uma nova teoria sobre a formação do nosso universo físico tridimensional.
Ela irá se coadunar melhor e corroborar com novos subsídios para aceitação dos paradigmas conscienciológicos pela comunidade científica e de uma melhor compreensão das propriedades e características do plano físico, extrafísico adjacente e superiores que constituem a multidimensionalidade, principalmente, se cotejarmos com todas as teorias similares para criação do universo já imaginadas e apregoadas pela física newtoniana-cartesiana e, em especial, a teoria do Big Bang.
O alusivo título de Teoria do Desempilhamento Interdimensional (Theory of Interdimensional Unstacking) nasceu da possibilidade de podermos dividir hipotéticamente em áreas infinitesimais todo o pseudouniverso p2D – constituído por planetas, estrelas, galáxias e matéria escura, todos, bidimensionais – e a seguir podermos empilhar hipoteticamente todas estas áreas em um único volume dentro do pseudouniverso p3D tridimensional adjacente.
Este desempilhamento ocorreria sem nenhuma necessidade de explosão e de forma similar ao suave inflamento de uma bolha de sabão, que daria origem a um pseudouniverso bidimensional p2D na superfície desta bolha, restando apenas questionar se tal bolha ficaria indefinidamente num processo de expansão e contração, ou se tal bolha retornaria a ser empilhada em p3D e também se haveria quantidades infinitas de pseudouniversos p2D sendo desempilhados ou empilhados e estocados em p3D.
Mesmo admitindo que p2D apenas com o seu comprimento e sua largura não teria condições de se estruturar, prescindindo de uma mínima sustentação proporcionada por uma altura infinitesimal, este empilhamento em um só volume de todas as áreas infinitesimais de p2D somariam uma altura igualmente infinitesimal e ocupariam um volume também infinitesimal em p3D.
Para facilitar a compreensão, vamos supor que o pseudouniverso p2D bidimensional seja formado pela sombra projetada de um universo tridimensional. Paradoxalmente, temos que concluir que esta sombra necessitaria de mais uma componente dimensional para permanecer estruturada sem desmantelar-se dentro de p3D.
Diante desta hipótese seria lógico extrapolarmos e concluirmos que o nosso universo tridimensional sempre teve mais uma dimensão espacial infinitesimal para poder se sustentar e se manter estruturado dentro de seu adjacente tetradimensional.
Não sendo esta dimensão infinitesimal uma quarta dimensão de fato e na ausência de um neologismo apropriado, este nosso universo tridimensional teria que ser rebatizado e promovido a uma espécie de universo 3D e ½.

5. O quinto corolário são considerações que podemos fazer em relação ao passar do tempo dentro dos pseudouniversos p2D e p3D, já que o tempo (T) como grandeza absoluta provavelmente não deva existir em nenhum universo físico ou extrafísicos.
A título de comparação vamos nos localizar como conscins dentro de nosso universo tridimensional, um simulacro ilusório com comprimento, altura e largura que se encontra atualmente em expansão, no qual o continuum espaço-tempo sofre distorções considerando-se a teoria da relatividade que utiliza seu modelo hiperespacial com três dimensões espaciais e uma temporal.
Esta teoria nos leva a conclusão de que o passar do tempo será mais lento em galáxias que se afastam em velocidades superiores as que estão mais próximas do centro dessa expansão e nesses cálculos também temos que incluir interações de velocidades resultantes entre estrelas e planetas dentro dessas galáxias, independentemente do fato de que esses orbes dentro dessas galáxias sejam, ou não, habitados por alguma consciex ou conscin.
Portanto, analogamente, podemos concluir que o passar do tempo no pseudouniverso p2D vai estar relacionado diretamente com a resultante dessas velocidades e, principalmente, a da expansão ou da contração de nossa teórica bolha de sabão do corolário anterior que dependendo da resultante poderá passar mais rápido, mais devagar ou até ficar parado e, em hipótese alguma, irá interferir com o passar do tempo em p3D.
Outro complicador adicional seria o passar do tempo que cada consciência vivencia, independente de estar no plano físico ou no extrafísico. Em nosso plano físico podemos observar entre conscins com diferentes níveis evolutivos, ou em estados alterados de consciência, que o passar do tempo não é necessariamente o mesmo para todas. Percebemos isto, até mesmo na execução de alguma atividade que nos compraz, quando o passar do tempo desacelera e, conseqüentemente, temos a sensação de que a tarefa durou alguns minutos, mais que na realidade muitas horas que se passaram.
Logicamente, o Estado Vibracional deve estar intrinsecamente associado à faculdade de podermos defasar o passar do tempo, tanto estando à consciência no plano físico como no plano extrafísico. Imagine o corpo mental entrando em Estado Vibracional, num indo e vindo, simulando a amplitude primária de uma onda portadora que diminui na medida que a freqüência aumenta, desta forma atingindo uma velocidade igual, ou próxima, a da luz e, conseqüentemente, fazendo o passar do tempo parar ou andar mais devagar e isto tudo sem a necessidade do corpo mental mover-se junto com seu soma e/ou psicosoma permanecendo, absolutamente, parado no mesmo lugar.
Curiosamente temos plenas condições de utilizar esta técnica para retardar o envelhecimento do soma humano. Ela consistiria, principalmente, na constância de atividades edificantes que nos faça vibrar de empolgação, mantendo-nos o máximo de tempo possível em Estado Vibracional e de forma natural fazendo com que simulemos velocidades iguais, ou próximas, a da luz sem sair do lugar e usufruirmos, assim, todos os efeitos preconizados pela teoria da relatividade.

6. O sexto corolário que podemos extrair deste arquétipo está relacionado com interações topográficas que ocorrem entre p2D e p3D.
Podemos deduzir que devido a mais uma dimensão espacial proporcionada pelo plano extrafísico adjacente, a topografia de p3D pode interpenetrar sem interagir com a topografia de p2D. Esta seria explicação mais plausível para o fato de encontrarmos distritos extrafísicos no interior da terra e dos mesmos não representarem nenhum obstáculo para consciexs, mesmo pouco evoluídas, e conscins projetadas de viverem ou se locomoverem nessas psicosferas.
Parece que existi uma espécie de paragravidade na psicosfera de todo orbe físico agindo sobre uma espécie de paradensidade inerente ao psicosoma e que quanto mais densa mais afunda e mantém essas consciexs aprisionadas nesses subníveis energéticos.
De acordo com o quinto corolário vemos que a quase, ou total, ausência de Estado Vibracional acelera o passar do tempo dessas consciexs, conferindo-as a sensação de que permanecem nesses distritos extrafísicos há séculos, mas que na realidade correspondem a poucos anos, mesmo comparando com o passar do tempo em nosso plano físico.

7. O sétimo corolário trata da impossibilidade de uma consciex poder atuar em p2D sem a interveniência de uma conscin que seja médium.
Mesmo admitindo que p2D com a altura infinitesimal preconizada no quarto corolário, constatamos que seria praticamente impossível para consciexs, ou conscins projetadas, atuarem sobre objetos e corpos em p2D sem a participação de um médium. Seria a mesma façanha de se agarrar uma sombra projetada numa superfície, mas se houvesse um médium que aumentasse esta altura infinitesimal provocando um maior relevo, tal proeza seria perfeitamente factível.
Então, podemos concluir que em qualquer fenômeno anímico-mediúnico o que ocorre, na realidade, é o médium promovendo um aumento substancial desta “meia” dimensão espacial, possibilitando interações entre nosso plano físico 3D com o plano extrafísico adjacente 4D e de forma similar para todos os pares de planos extrafísicos adjacentes e superiores.

CONCLUSÃO

Finalizando, temporariamente, o começo desta sucinta dialética na qual dissertamos os primeiros corolários, reiteramos que os mesmos poderão ser extrapolados para o nosso plano físico e interados com o plano extrafísico vizinho e, igualmente, entre todos os pares de planos extrafísicos adjacentes. Os que lerem e compreenderem este assunto poderão continuar elaborando e deduzindo novas hipóteses que corroborem ou comprovem que quaisquer destes corolários podem estar totalmente, ou parcialmente, incorretos.
Temos, ainda, que deixar bem claro que o principal escopo de Modelagens Extrafísicas será o de provocar um desencadeamento de idéias e questionamentos generalistas ainda não conjeturados e, não, simplesmente responder perguntas, didaticamente, que darão margens para teóricos professarem ensinamentos e doutrinas que comprazam, somente, personalidades eletronóticas com suas mentes bitoladas, com senso hipotético dedutivo próximo, ou igual, a zero e que se locupletam apenas com restritas especializações acadêmicas.

Rio de Janeiro, 1998 ~ 2006.

EudesDantas@hotmail.com

Obs: Quanto aos neologismos utilizados nesta matéria, em caso de dúvidas, suas sinonímias já podem ser verificadas no próprio Google.

Um comentário:

  1. A holoperspectiva é que permite a melhor decisão a nível cosmoético.

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